A propósito de hoje ser o Dia Mundial da
Mulher, os homens tornam-se uns queridos. Elogiam, lembram-se que as respetivas
mães, esposas, filhas, são mulheres que enriquecem as suas vidas e tentam
mimá-las mais neste dia que lhes é dedicado. Mas, claro está, à boa moda de ser
português isto está tudo mal. Aparecem logo vozinhas que dizem "o dia da
mulher é todos os dias". Pois é, sem dúvida! Se assim não fosse só
vivíamos um dia por ano e isso era capaz de ser assustador porque sempre que acordássemos
estaríamos 1 ano mais velhas. LIVRA!
É verdade que nos outros 364 dias do ano temos o mesmo valor que no dia 8 de março. Mas porque não aproveitar 1 dia para comemorar e desfrutarmos de mimos e atenções especiais?
É que a pensar assim não se comemora nada; afinal todos os dias deveriam ser Dia dos Namorados, da Mãe, do Pai, da Criança e também podia ser sempre Natal porque, afinal, o Natal é quando o Homem quer. Mas não temos tempo nem disponibilidade mental para todos os dias nos lembrarmos de telefonar a elogiar a nossa mãe simplesmente por ser mãe, ao pai por ser pai, de fazer atividades divertidas com as crianças das nossas vidas pois têm esse direito porque ainda são crianças, tirar o dia para namorar com o nosso companheiro, juntar a família e amigos, em redor da mesa, para reforçar os laços que nos unem… É verdade que os valores como o amor, o apreço, o respeito, a amizade, quando verdadeiros, demonstram-se naturalmente em pequenos gestos do nosso quotidiano e devemos procurar que as pessoas que estimamos o saibam. Mas cada vez mais a vida absorve-nos de tal modo que quase não temos tempo para a viver e os sentimentos ficam, com frequência, por ser demonstrados. Então, porque não aproveitarmos o dia marcado no calendário para reforçarmos o que por vezes não conseguimos fazer em todos os outros dias do ano?
O Dia da Mulher deve ser todos os dias,
claro. Seria muito chato ninguém nos ligar durante o resto do ano mas porque
razão é que os homens não podem aproveitar (já que todos os meios de
comunicação lho lembram) de mostrar às mulheres que lhes são queridas o quanto
elas são importantes para si?
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