Há aquelas músicas
que de tanto ouvirmos se vão entranhando e às tantas não sabemos se gostamos ou
aceitamos. Mas outras é logo, assim, amor à primeira vez.
De “Luzia” dos
portugueses (muito portugueses) Diabo na Cruz, é fácil gostar porque faz parte
de nós; está-nos no sangue e na alma. Mas, infelizmente, a evolução tem-nos conduzido
ao esquecimento daquilo de que somos feitos, das nossas raízes, da nossa
cultura.
Aprecio a coragem
de várias bandas portuguesas em mudarem a mentalidade “em Portugal não se faz
nada de jeito!” Que a língua inglesa soa muito melhor… iirc! Nem posso ouvir
isto! Não que ache feia a sonoridade da língua inglesa. Até gosto muito,
sobretudo com sotaque britânico. Mas o português, uma língua tão rica em
vocábulos e história, soa mal?! Eu não tenho uma voz nada bonita mas gosto de
acreditar que aquilo que digo soa bem.
E voltando à
coragem das bandas de música que cantam em português e exaltam as origens do
nosso povo em canções e ritmos atuais mas cheios de portugalidade: os meus
parabéns!
Há muito que estou
farta de ouvir as gerações jovens (todas as que pós 25 de abril de 1974)
afirmarem, com desprezo em relação à música que se faz em Portugal, que música
inglesa (neste saco entram a música britânica e estado-unidense tudo a monte
como se fossem a mesma coisa) essa sim é que é boa! É verdade que desde os Heróis
do Mar e do António Variações a música portuguesa andou um pouco à deriva sem
saber que caminho tomar… mas creio que o caminho foi encontrado.
Aqui fica um
excerto da letra desta canção que não podia estar mais atual no que refere ao nosso
país “E SE AS CORRENTES TODOS SABEM ESTÃO À BEIRA MESMO À BEIRA DE QUEBRAR”
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