segunda-feira, 25 de março de 2013

as minhas carteiras querem uma irmã

Esta manhã acordei assustada com o som de um pranto desgostoso DENTRO DA MINHA PRÓPRIA CASA. Fui, pé ante pé, em busca da fonte daquele som que exprimia um tal desespero que até me oprimia o coração.

E lá estavam elas: carteiras, clutchs, shopping bags... quase todas as minhas malas, reunidas em família e todas elas em pranto como se de um velório se tratasse. Perguntei-lhes o que tinha acontecido, se alguma se tinha magoado ou desaparecido. Mas não, não era nada disso que as torturava. Apesar das saudades que sentiam das suas irmãs guardadas no armário e até de sentirem falta da que teve a sorte de sair comigo à rua no dia anterior o problema era outro.





As minhas malas anseiam por uma nova irmã. E, quando olhei para o ecrã do meu portátil persegui a angústia que as oprimia.

 Quem não compreende que atire a primeira pedra!

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