terça-feira, 3 de setembro de 2013

os atuais direitos obscuros das mulheres




 Há quem encare os costumes arreigados pela sociedade, advindos de um modo de pensar machista com base em crenças religiosas cuja única finalidade foram exacerbar Deus cimo Homem e  acabar com as religiões tidas, na altura como pagãs, em que a mulher era considerada a Deusa por ser ela que dava a vida. Nessa altura celebrava-se a vida, a colheitas e o prazer de viver. A religião cristã veio destruir o culto da Mãe pelo reinado do Homem cuja vontade se sobrepunha à mulher. Apoderou-se de rituais e símbolos pagãos e conseguiu, com paciência e muita crueldade, submeter a mulher aos caprichos do Homem numa sociedade escondida na sombra do pecado e do medo.



Este modo de pensar durou tantos séculos que ainda hoje, apesar das mulheres trabalharem tanto quanto os homens, serem possuidoras de iguais capacidades e talentos e ainda de continuarem a propagar o milagre da vida, lhes é negada a equivalência para com os homens e, salvo raras exceções, receberem menor remuneração em cargos iguais. Como se não bastasse, ainda lhes é descarregado em cima o peso de cuidar da família e de manter a casa limpa e apresentável.

Não quero tornar este post numa manifestação contra os homens nem num discurso de feminismo. Quero apenas deixar que claro que sou uma mulher com capacidades intelectuais com momentos de introspecção. Sou uma mulher com múltiplos interesses e que adora trabalhar.

Amo a minha família e amo alguns amigos como se de familiares se tratassem. Sou sensível e, tal como a muitas mulheres cujo coração é mais mole (do que o dos manchos com M), fico com os olhos inundados de lágrimas quando vejo ou sei de maus tratos a animais ou crianças. Tudo em mim é mesmo muito característico de mulher. De MULHER! De mulher lutadora, que aceita e defende a igualdade de hipóteses e diferencia as capacidades entre os sexos. Sou uma mulher que gosta de se vestir como uma mulher, ser tratada como uma mulher, de forma respeitadora, claro está.

Mas não tenho de seguir todos os códigos de conduta sociais para que isso faça de mim mais mulher que sou. É que em alguns casos a frase que fica tão bem “todos diferentes, todos iguais em certas situações é olhada de esguelha.

Eu sou uma mulher em quase tudo como as outras mas que nunca senti o apelo da maternidade e que, na realidade, gosta de morar sozinha.

Será que estas pequenas peculiaridades fazem de mim uma mulher menor que as outras?

Talvez, mas não me aceitar a mim mesmo far-me–ia muito infeliz aos meus próprios olhos.




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