é para correr?! Então corramos!

 A grande maioria das pessoas corre enquanto ouve música, playlists muito motivadoras em gadgets caríssimos que se ligam aos ténis e a sensores e a satélites, o ipod touch tem uns 1000 programas de GPS. Eu, também, tenho algumas dessas modernices e um cinto muita fixe que leva duas garrafinhas de cada lado (semelhantes aos biberões do Nenuco). Muito fixe mesmo. Dá para levar a chave do carro e os meus lencinhos de papel sem os quais não consigo correr pois o meus nariz teima em pingar.

Ora, a semana passada comprei uns ténis novos de corrida e um sensor para ligar ao meu ipod nano, fiz o download de umas músicas todas cheias de pica e lancei-me a correr 15km com uns ténis acabadinhos de estrear. Resultado: ténis cheios de sangue no calcanhar (já são ténis de guerra) e umas feridas abertas muito rosadinhas no meu calcanhar. Mas o meu iopd marcava 16 km.UAU!

Segunda corrida com os ténis novos: objetivo 10km. A ferida doeu muito a principio mas depois pareceu ficar dormente. Quando cheguei a casa o sangue escorria dos calcanhares durante o banho.

Ok! Pausa nos ténis novos, vamos voltar aos antigos até a ferida sarar. Durante o dia enquanto uso calçado aberto a ferida bem tenta sarar mas quando, ao fim do dia, volto a calçar ténis… upa, upa, fica tudo estragado. Segunda-feira tive que descolar a meia do calcanhar. Que nojo!

Então, terça-feira como ia correr com um amigo e queria acompanhá-lo (ou tentar) preparei um enorme penso com bepantene, gaze e uma ligadura. As meias bem puxadinhas a tapar o penso e os confortáveis ténis velhos. Cinto super fixe com garrafinha do Nenuco e lencinhos de papel preparados. Óculos de sol “rey bey” para caso caiam e se partam não ficar com pena nenhuma.

E eis que a corrida correu mais ao menos assim.

Ele: - Esse calcanhar como é que está?

Eu: - fiz um penso. Vamos ver se aguenta!

Ele riu-se e eu também, 5 minutos depois o penso saltou para a estrada! Era uma vez…

O calcanhar doeu um pouco mais mas depois acostumei-me àquela moinha e já nem me lembrava dela. Também tive uma ligeira dor de burro mas isso foi culpa do meu companheiro de corrida que é muito exigente, um verdadeiro personal trainer!.

E lá estava eu com aquela moinha a tentar correr ao ritmo de um colega MACHO e a arfar com ameaços de alguma dor de burro, à qual ordenei “nem penses! Vais correr e vais correr assim nem que morras no fim”

Como sabem os homens têm uma passada superior à das mulheres... e foi assim que corri quase 12km atrás dele a um ritmo bastante superior ao meu e com uma ferida a sangrar no pé direito. Mas pensam que parei? Nem por 1 minunto! Sempre que ele se virava para trás e perguntava se estava tudo bem eu parava de arfar e, com um  sorriso, acenava que sim. Nunca dei parte fraca. Dar parte fraca é para os fracos! BAH!

Resumindo, fiquei super-muito cansada, mas hoje já lá estava outra vez para um suave aquecimento de corrida e um treino intensíssimo de body pump! Há que gostar de treinar, há que gostar de desafios e há que gostar da companhia com quem se treina.

Aos meus amigos que diariamente e ao longo de muitos anos treinam comigo o muito obrigada por puxarem por mim, sem vós não teria chegado aqui (Não sei bem o que é aqui, mas pronto)!