domingo, 27 de janeiro de 2013

ana em meio ao rebanho humano



A lei da recompensa dever-se-ia aplicar a tudo no nosso dia a dia.

Somos ensinados, se tudo correr bem durante o nosso processo de crescimento/aprendizagem, que se formos trabalhadores seremos recompensados de acordo com o nosso grau de empenho. Portanto, quanto mais trabalharmos melhor recompensados seremos, certo?

Errado!

Em Portugal não é assim que está a acontecer. A moda atual no que respeita ao trabalho parece consistir em exigir muito ou mais ainda que muito MAS recompensar cada vez menos. É assim que acontece comigo e com muitas outras pessoas que conheço. Pois que há muitos portugueses baldas, que se encostam ao trabalho dos outros e deixam a vida passar é bem verdade mas acontece que eu conheço, em muito maior número, portugueses dos outros. Portugueses que sempre foram bastante dedicados ao trabalho, mais do que o horário exige, não numa atitude de se fazerem sobressair de entre os colegas mas por esmero no seu próprio trabalho.

Penso eu, que este tipo de pessoas são as que convém manter como trabalhadoras e incentivá-las para que continuem a desenvolver o bom trabalho que as caracteriza. Mas não é o que se faz! Independentemente da qualidade do trabalho realizado, independentemente do empenho que dediquei ao longo dos anos, atualmente vejo-me atirada para um grande saco onde co-habitam pessoas que nunca quiseram saber da qualidade do seu trabalho, pessoas que apenas estavam presentes no seu local de trabalho, pessoas que são as primeiras a queixarem-se do quanto estão a ser injustiçadas. E eu, ouvindo-as e observando-as concluo que o resultado foi igualzinho para elas e para mim e para os demais como eu.

A quem está no poder no nosso país importa é cortar! Cortar nos salários, cortar no número de trabalhadores, cortar, cortar, cortar nas despesas.., independentemente do trabalho que cada um realizou (ou não) para o país.

Sinto que não existe qualquer tipo de justiça. Somos todos pertencentes a um mesmo rebanho de humanos, escravos de uma sociedade em que não se dá valor a nada mais que números.

Enfim, sinto-me desmotivada. Muito! Enquanto for capaz de sorrir irei trabalhar e, como aquilo que sou ainda não conseguiram tirar de dentro de mim, continuarei a fazer o meu trabalho da forma que acho mais correta e nunca numa atitude de desleixado “deixa andar”. Mas o cansaço por tudo o que nos envolve vai-se acumulando…


2 comentários:

  1. Olá Ana!
    Parabéns pelo teu post que reflete exatamente o que sinto e o que, com certeza, muitos portugueses também sentem.
    Bjs.
    Manuela

    ResponderEliminar
  2. Ana, parabéns pelo blog. Gostaria de saber de quem é esta foto que vc postou.
    Muito obrigada, meu email é atmosasha@gmail.com
    Mariana Babo

    ResponderEliminar