Hoje,
em conversa com um amigo, fiquei a conhecer uma parábola acerca de um escorpião
que se adaptava bastante bem à minha maneira de ser. Mas ao procura-la no vasto
mundo do conhecimento que é a internet encontrei uma que se adapta ainda
melhor.
Sou
tal e qual! E por mais picadas que leve não aprendo de maneira nenhuma! Mas
será que estou errada ao aceitar a minha natureza ou estaria errada ao lutar
contra ela?
E
aqui vai a parábola.
“Um
monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte,
viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do
rio, meteu-se na água e apanhou-o com a mão. Quando o trazia para fora, o escorpião
picou-o e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio.
Foi,
então, à margem apanhou um ramo de árvore, correu outra vez pela margem, entrou
no rio, colheu o escorpião e salvou-o.
O
monge voltou para a estrada para junto dos seus discípulos. Eles tinham
assistido à cena perplexos pelo que lhe indagaram:
-
Mestre, deve estar a doer muito! Por que foi salvar aquele bicho ruim e
venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua
ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!
O
monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu:
-
Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha.”
E
é assim, às vezes revolto-me por pensar que não aprendo com os meus erros. Nas
restantes vezes vejo que aprendo mas aceito-me tal como sou e não desejo em
nada ser como o escorpião.
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