Desde que me lembro
de ser gente que gosto de usar perfume. Comecei por ter algumas eau de toilette com aroma a morango,
daquelas que havia no meu tempo para as crianças mas, rapidamente, as minhas
preferências olfativas evoluíram para aromas mais requintados e,
consequentemente, mais dispendiosos. É verdade que gosto de usar um bom perfume
(sem
olhar ao preço…) e usá-lo à maneira das estrelas de
cinema: vaporizando-o em redor de mim, quase por todo o tronco e cabelos. Por
vezes lá oiço um cumprimento como “cheiras tão bem…” ou “gosto do teu perfume!”.
Às vezes!... Mas, recentemente, descobri um cheiro que não escapa ao olfato de
ninguém e que granjeia vários comentários!
Então, foi assim:
não sei como nem porquê mas, depois de um daqueles fins de semana preguiçosos
de chuva, uma dorzinha bastante aguda resolveu instalar-se no meu joelho
esquerdo. Não fui ao ginásio um dia pensando que a dor poderia tornar-se mais
aguda; não fui no dia seguinte, apesar de já doer menos, e ao terceiro dia,
toda satisfeita, esfreguei as mãozinhas de contentamento pensado “hoje vou
treinar!”. E fui! Mas, antes da aula como forma de prevenção, no balneário feminino
pulverizei bem o meu joelho com “picalm”. Os comentários começaram logo ali: “que
cheiro é este?”; “ai, cheira tanto a naftalina aqui!”
Na aula de Body Pump continuaram: “não se pode
estar com este cheiro”; “cheira a armário”; “cheira a coisas velhas”. Bem,… sou
capaz de ter sido eu a fazer a comparação a um armário afinal a situação não
deixava de ser cómica e o cheiro realmente entranha-se no nariz de qualquer
pessoa.
Para quem
não sabe o que é “picalm” os meus parabéns e votos de que assim continue
durante muitos e muitos anos. Ainda assim passo a explicar de que se trata.
Ora, o “picalm”, de acordo com o folheto informativo é, indicado para “afeções
inflamatórias e dolorosas do aparelho locomotor”. A esta indicação segue uma
lista de nomes “cheios de mania” que se podem resumir todos numa só palavra: MOINHAS!
É exatamente de que se trata o “picalm”: um spray que acalma as moinhas. É muito bom para atenuar várias
moinhas que vão aparecendo aqui e ali com o passar da idade e, sobretudo, aos
malucos que, como eu, gostam de praticar exercício físico como se não houvesse
amanhã. Além disso, a utilização é tópica e, até agora, parece não interferir
com a toma de outros medicamentos. Tem como único efeito indesejável a possibilidade de, ocasionalmente, “ocorrer eritema, sensação local de
calor ou prurido”. Neste ponto tenho a sugerir que seja acrescentado ao folheto
informativo a forte possibilidade de
exclusão social devido ao intenso cheiro a armário fechado.
Durante mais de uma semana os meus colegas de ginásio não quiseram fazer
as aulas perto de mim à conta do “picalm” com o qual foram castigados mais uns
dias para não se armarem em engraçadinhos. Posto isto só tenho a dizer mais uma
coisa: DÓI-ME O JOELHO OUTRA VEZ! AH! AH! AH!
Ah… e mencionar que acho muita piada à palavra “prurido”. Imagine-se “estou
cheia de prurido nas costas!”
Ana
ResponderEliminarparabéns por mais um excelente post! A maneira agradável e divertida como escreves, faz com que eu siga o teu blog de uma forma muito regular, isto, para não dizer diariamente! ;-)
É caso para dizer, viva o "picalm".
Se alguém conseguir alterar o cheiro do mesmo, por uma fragância do tipo "Chanel" ou de outra marca qualquer, além de ficar rico, fazia com que qualquer "comum" dos mortais não se importasse de ter umas moinhas!
Beijinho
Olá Ana, Eu uso o Reumon Loção nos joelhos quando abuso da bicicleta que alem de ser eficaz não tem esse cheiro horrível que também conheço. Bons treinos ;)
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