Por
vezes passamos por momentos extremamente difíceis nas nossas vidas. Foi o que
aconteceu comigo nos últimos muitos meses. Como se já não bastasse a crise
económica do nosso país que é mesmo chata e me tem tirado bastante qualidade de
vida, passei por uma terrível crise existencial em que coloquei em causa o meu
próprio valor, lesionei os meus dois joelhinhos o que me impede de fazer
exercício físico que, como sabem eu ADORO (lá foi o meu escape de final de dia),
e terminei de forma bastante sofrida uma relação.
O
final de uma relação é sempre um momento difícil, estivesse a ser ou não
positiva. Mas não há nada como, numa altura dessas, levar com mais uma ou duas
desilusões daquelas que magoam bastante. É que se as promoções “leve 3 pelo
preço de 1” nos supermercados são fantásticas, na vida pessoal 3 desilusões
quando já se tem 1 pode ser devastador.
Aqui
a Ana do Mundo dos Sonhos (que ultimamente anda muito terra a terra) aguentou o
embate alternando os momentos em que está bem com outros de melancolia. No
entanto, uma outra Ana que me é muito querida, uma daquelas amigas com quem não
preciso de estar muitas vezes para saber que “está sempre lá”, teve a paciência
de me aturar no passado sábado até às 6 da manhã (talvez a malandra quisesse
ver o sol nascer comigo, hmmm…) e alertou-me para o fato de o verdadeiro embate
das desilusões não expressadas vir mais tarde podendo chegar a ter
consequências físicas.
Pois
é, as grandes desilusões podem deitar-nos muito abaixo, talvez mais do que
temos coragem para admitir para nós mesmos. Eu sei que chorei muito pouco ou
quase nada estas desilusões inesperadas e talvez devesse… quando precisar, Ana,
conto contigo e com mais … uma, duas… bem com realmente poucas pessoas que se
mantêm a meu lado há imensos anos. Obrigada a todas *